quinta-feira, 26 de abril de 2012

SAMBISTA DE VERDADE!!


Dicró estava preparando um novo livro, “Dicró e salteado”, que só seria publicado após sua morte porque senão correria o risco de ser castrado pela mulher. Aos 66 anos, ele falava que tina começado a gravar no “pau de sebo”, um disco com faixas de artistas em início de carreira.
Filho da mãe de santo Célia Tiroteio, o sambista teve vários empregos, como pintor, vendedor de jornais e de pintinhos (que ele maquiava com lápis de sobrancelha da mãe para que ficassem parecidos com carijós).Em uma de suas histórias o dia em que, pintando a casa de uma madame, teve sua marmita comida pelo cachorro dela. Em vez de arranjar um prato de comida para Dicró, ela pediu que a empregada levasse o cão ao veterinário. O sambista era compositor de “O bingo”, “Melô da galinha” e “Loira do pentelho preto”.O compositor de 66 anos ficou conhecido no fim da década de 1970 por seus sambas bem-humorados, com letras em que satirizava a própria sogra. Seu primeiro disco, A Hora e a Vez do Samba, foi lançado em 1977. Em 1995, em parceria com Bezerra da Silva e Moreira da Silva, saiu Os 3 Malandros in Concert, sátira aos tenores Luciano Pavarotti, Plácido Domingo e José Carreras. O apelido que ficou famoso veio da assinatura do sambista no começo da carreira, quando usava apenas as suas iniciais: "De C.R.O.", que mais tarde acabou virando simplesmente "Dicró".Ele nasceu e passou a infância na favela de Jacutinga, em Mesquita, zona metropolitana do Rio de Janeiro. Ele começou a compor em rodas de samba organizadas no terreiro da mãe. O enterro do corpo do compositor foi naessa  tarde desta quinta-feira, no cemitério Parque Jardim Mesquita, no bairro de Édson Passos, em sua cidade natal. VAI NA PAZ!!

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