sábado, 17 de setembro de 2011

ESPAÇO CULTURAL AFRO- BRASILEIRO EM BIGUAÇU.




A artista plástica e artesão Karla Oliveira, moradora aqui do Janaína,  reuniu no espaço mais democrático da Câmara de vereadores, representantes afro-descendentes de intuições civis e governamentais para apresentar e discutir sobre o Projeto “ Centro Cultural Afro- Brasileiro Chico Rei”. A idéia e criar um espaço referência da cultura  Afro- Brasileira em Biguaçu e desmistificar a idéia de que Biguaçu é unicamente de origem açoriana ou alemã. Neste caminho segundo a autora o projeto visa “resgatar, defender, preservar e divulgar suas origens e sua memória”.
ESPAÇO CULTURAL AFRO-BRASILERO I
Karla disse algo que eu nunca havia pensado: A África é o único continente que difundiu com o continente brasileiro, reconhecendo oficialmente essa difusão como povo Afro-brasileiro. Nenhum dos outros países vindos para o Brasil recebeu essa denominação. Todos continuam com sua denominação nacional de origem.  Como diz autora, “não tem como pensar em africanidade sem pensar em comunidade, diversidade e grupo”. Com estes princípios de parceria e cooperação e que o negro até hoje vem dividindo seus preceitos culturais e religiosos, incluindo e permitindo cada vez a participação de outras etnias em seu contexto.
ESPAÇO CULTURAL  AFRO-BRASILEIRO II
Pra quem não sabe, Biguaçu teve uma participação expressiva no regime escravocrata com investimentos bem consideráveis  no tráfico e aprisionamento de negros nas fazendas da antiga São Miguel. Com isso cravou em solo Biguaçuense e na sua história, fatos que foram atropelados da sua origem histórica e firam esquecidos pelos historiadores que aqui passaram. Talvez porque fosse mais confortável esquecer, do que ter que assumir a barbárie deste passado macabro. Mas o fato é que vivemos no século XXI e todas as histórias devem ser consideradas e tratadas com a mesma riqueza de valor, afinal se o Brasil é feito de adversidade étnica e Biguaçu é uma cidade brasileira, nada mais justo do que abrir as portas do Quilombo que existiu na região do Prado e  dar mais ênfase na participação dos negros na construção deste nobre município.
(Dagmar Pereira) 

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